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Os laboratórios acreditados ou postulantes a acreditação realizam auditoria 17025 periodicamente para verificar se o sistema de gestão está implementado e mantido de forma eficaz e avaliar a conformidade com:

  1. os requisitos do laboratório definidos para o seu sistema de gestão, incluindo as atividades de laboratório (ensaio, calibração ou amostragem);
  2. os requisitos da NBR ISO 17025;
  3. as Normas da CGCRE aplicáveis

Portanto, para garantir a eficácia dessas auditorias, considere as 10 dicas apresentadas a seguir, baseadas na Norma ABNT NBR ISO 19011:2018 – Diretrizes para auditoria de sistema de gestão:

AUDITORIA 17025

DICA 1 – Planejamento e elaboração do programa de auditoria 17025

Antes de mais nada, esta etapa é uma das mais importantes para que a auditoria 17025 seja realizada de forma eficaz. Sendo assim, o planejamento deve considerar:

  • Definição do objetivo da auditoria;
  • Definição do método de auditoria/documentos de referência;
  • Definição do escopo da auditoria;
  • Definição dos ensaios/calibrações/amostragens a serem acompanhados;
  • Seleção de equipe competente – levando em consideração o critério e o escopo da auditoria e a independência da atividade a ser auditada;
  • Abrangência, duração, localização, recursos necessários;
  • Definição dos requisitos a serem avaliados por cada auditor, incluindo data, horário, etc.

Além disso, o planejamento adequado ajuda a identificar possíveis desafios e organizar melhor os recursos disponíveis.

DICA 2 – Análise crítica documental

Nesse sentido, o auditor realiza essa etapa para obter informações, preparar as atividades de auditoria e estabelecer uma visão da abrangência do sistema de gestão para detectar possíveis lacunas. Sendo assim, nesta análise deve-se considerar se as informações estão completas, corretas, consistentes, atualizadas e se cobrem o escopo da auditoria.

DICA 3 – Plano de auditoria 17025

Posteriormente, o auditor líder deve elaborar o plano de auditoria 17025 com base nas informações coletadas na fase de planejamento e na análise crítica documental.

Ademais, o responsável pelo gerenciamento do programa de auditoria deve assegurar a manutenção da integridade da auditoria e impedir qualquer influência indevida sobre a auditoria 17025.

O Plano de auditoria 17025 deve considerar:

  1. Objetivos da auditoria;
  2. Escopo da auditoria incluindo atividades de ensaios/calibrações e processos a serem auditados;
  3. Critérios de auditoria e documentos de referência;
  4. Localizações, datas, tempos estimados e durações, incluindo as reuniões com a direção;
  5. Métodos da auditoria e a abrangência da amostragem;
  6. Papéis e responsabilidades dos membros da equipe;
  7. Alocação de recursos;
  8. Ações de acompanhamento da auditoria anterior.

DICA 4 – Realização da auditoria 17025

Logo depois, o auditor líder deve coordenar a etapa de realização da auditoria 17025, considerando, por exemplo:

Reunião de abertura;

Antes do início da auditoria é realizada reunião de abertura considerando os seguintes assuntos:

  • Apresentação dos participantes e equipe auditora;
  • Confirmação dos objetivos, escopo e critérios;
  • Confirmar o acordo de todas as partes quanto ao plano de auditoria;
  • Assegurar que todas as atividades planejadas da auditoria possam ser realizadas;
  • Confirmação dos recursos disponíveis aos auditores;
  • Confirmação da confidencialidade e segurança da informação;
  • Confirmação de procedimentos de saúde e segurança, emergência e segurança física para equipe auditora;
  • Método e classificação das constatações de auditoria;
  • Condições nas quais a auditoria poderá ser encerrada;
  • Informações sobre reunião de encerramento;

Comunicação durante a auditoria.

Além disso, a equipe auditora deve se comunicar para trocar informações, avaliar o progresso e redistribuir o trabalho.
Então, o auditor líder deve comunicar ao auditado o progresso da auditoria e qualquer questão específica que considere importante, tal como a identificação de evidências sobre um risco imediato nas atividades de laboratório;

Guias designados pelo auditado

É importante que seja designado um “guia” para acompanhar cada auditor durante a realização da auditoria. Este “guia” tem a função de:

  • Identificar os entrevistados e confirmar os horários;
  • Providenciar acesso aos locais a serem auditados;
  • Assegurar o cumprimento às regras de segurança;
  • Testemunhar a auditoria em nome do auditado;
  • Fornecer esclarecimento ou ajuda na coleta de informações.

Fontes de informação

Os auditores devem utilizar as seguintes fontes de informações para coletar as evidências da auditoria 17025:

  • Entrevista com os colaboradores;
  • Observações das atividades e ambiente de trabalho;
  • Documentos como, políticas, objetivos, planos, procedimentos, instruções, normas, etc.;
  • Auditorias horizontais e verticais;
  • Caráter amostral;
  • Registros;
  • Acompanhamento das atividades de ensaios/calibrações/amostragens;
  • Análises de indicadores;

Elaboração do relatório da auditoria 17025

O relatório de auditoria deve incluir no mínimo as seguintes informações:

  • Objetivo, escopo, identificação da equipe auditora e auditados;
  • Datas e locais onde o laboratório realizou as atividades;
  • Constatações e evidencias relacionadas;
  • Conclusões;
  • Declaração sobre o atendimento aos critérios da auditoria;
  • Recomendações para melhoria.

DICA 5 – Reunião de encerramento

Enfim, é importante que na reunião de encerramento estejam presentes a Direção, Gerência e responsáveis pelas áreas auditadas. Em resumo a reunião de encerramento tem por objetivo relembrar os objetivos da auditoria, enfatizar o caráter amostral da auditoria e apresentar as conclusões e constatações de auditoria.

DICA 6 – Análise crítica dos resultados da auditoria 17025

Nesse sentido, a equipe analisa criticamente os resultados da auditoria para avaliar se o sistema de gestão está implementado e mantido de forma eficaz e quais melhorias/ações são necessárias.

DICA 7 – Enviar à equipe auditora as propostas de ações corretivas para as não conformidades detectadas

Porém, antes de iniciar a implementação das ações corretivas para as não conformidades detectadas, a equipe auditora avalia as propostas de ações corretivas antes de sua implementação. Com isso garante-se que as ações se adequem para solucionar as não conformidades.

A fim de te ajudar na definição de ações, leia nosso artigo sobre trabalho não conforme https://setton.com.br/trabalho-nao-conforme/

DICA 8 – Registrar e monitorar as ações nos relatórios específicos do Sistema de Gestão da Qualidade

Além disso, o laboratório registra as ações a serem implementadas, define responsáveis e prazos e monitora todas elas para garantir o atendimento aos prazos estabelecidos. Portanto, o acompanhamento contínuo assegura que as atividades estão alinhadas aos objetivos da gestão.

DICA 9 – Verificação da implementação das ações tomadas pela equipe auditora

Por fim, uma boa prática que raramente vejo nos processos de contratação de serviços de auditoria interna, é a contratação do serviço de análise das evidências das ações tomadas para as não conformidades pela própria equipe auditora. Esta análise pode ser documental ou presencial. Sendo assim, o aceite pela equipe auditora das ações tomadas assegura que o laboratório implementou todas de forma correta.

DICA 10 – Verificar a eficácia das ações tomadas

Portanto, a verificação da eficácia das ações indica que foram definidas ações corretivas adequadas atingindo o objetivo, ou seja, eliminando o problema e evitando a reincidência.

Se você seguir estas dicas tenho certeza de que o resultado da auditoria interna 17025 em seu laboratório será eficaz!

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